No meio do caminho desta vida,

me encontrei por uma selva escura,

pois a reta via estava perdida.

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Carência, dor que cala fundo,

Eco de um vazio vasto,

Corroendo a alma, no mundo,

Um suspiro que se perdeu no rastro.

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Por que essa falta insana,

Desse amor, desse afeto, dessa ternura?

Em busca de uma cama não tão fria,

De um abraço que cure minha tortura.

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Nesse loop infinito, nessa jornada solitária,

A carência se faz eterna, um ciclo sem fim,

Mas na vastidão dessa estrada primária,

Há uma voz que sussurra: “não estás sozinho, olhe para mim”.

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Em prisão de padrões, na sombra do condicionamento,

A angústia se enrosca, em um loop de tormento.

Sexo e carência, em repetição dançam,

Recompensa esperada, em vão se lança.

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O amor próprio grita, pede por atenção,

Na reformulação do hábito, busca a redenção.

O auto-cuidado é a chave, a nova direção,

Para quebrar o ciclo, da repetição.

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Despertar da auto consciência, luz na escuridão,

Quebrando a repetição, libertando a prisão.

Amor próprio como guia, auto-cuidado a chave,

Para desatar os nós, que o coração suave.

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Não mais refém de padrões, de um loop sem fim,

Sentimento se transforma, começa um novo sim.

O comportamento se altera, a recompensa se expande,

No palco da vida, um novo ato se desvenda.

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Então, na dança do amor, em seu ritmo e rima,

A angústia se desvanece, a carência se elimina.

E no espelho do tempo, a imagem refletida,

É de um coração livre, por si mesmo nutrido.