A Complexidade do Meu Ser, Não Cabe em um Arquétipo
Em tempos de juventude, ao mundo me lancei,
Buscando nos arquétipos um guia a seguir.
Primeiro, o herói destemido, que a todos encantei,
Mas logo percebi que não era bem ali.
Tentei então o sábio, com seu olhar profundo,
Decifrando mistérios, buscando compreender.
Mas ainda assim, senti um vazio no mundo,
Pois a sabedoria não era só o que eu queria ter.
O amante, o guerreiro, o mago e o rei,
Todos eles tentei, em busca de um lugar.
Mas em cada máscara, uma inquietude me veio,
A sensação de que algo ainda estava a faltar.
E foi no silêncio, entre o caos e a calmaria,
Que percebi que a complexidade do meu ser,
Não se encaixa em moldes, nem em magia,
Era algo mais profundo, algo que eu tinha que ver.
Abandonei as ideias, os rótulos, a ilusão,
E mergulhei em mim, no vasto oceano interior.
E foi ali, na mais pura contemplação,
Que abri meu terceiro olho, com fervor.
Agora vejo claro, sem amarras, sem temor,
Que a verdadeira essência, o verdadeiro eu,
Não cabe em arquétipos, nem em qualquer cor,
É um universo único, que só a mim pertenceu.
Livre, sem moldes, sem um caminho a seguir,
Descobri que a vida é uma tela em branco a pintar.
E com cores vibrantes, comecei a construir,
A história de um homem que aprendeu a se libertar.