Nos versos que aqui florescem em maré,

Vertem-se amores e ódios, de você.

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Do astro noturno, a luz que irradia,

É o amor que nutre, é minha alegria.

A ternura e dedicação que me confere,

Como a árvore à terra, o amor sempre gere.

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No calor dos abraços que desenlaçamos,

Nas palavras doces que ambos trocamos.

Em carícias suaves, lábios a beijar,

Nas chamas do desejo, corpos a amar.

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Da cumplicidade, nossa valente nau,

Firme, desbrava este mar tão azul.

Seu corpo, oh! terra prometida a conquistar,

A paciência, rocha firme a nos ancorar.

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Mas na sombra dessa luz, um lado cinza se deu,

E foi você, amor, quem primeiro o percebeu.

Do sexo que jaz morto em nosso leito,

Esse amor que declinou, outrora tão refeito.

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Promessas vazias ecoam em lamento,

Como desfolhar um livro, folha ao vento.

Da confiança em nós, se fez uma exceção,

Um alguém distante roubou teu coração.

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Não ouviste minha voz, minha sabedoria,

No comércio das Fofuras, a prosperidade vazia.

Apegado ao passado, deixaste o amor de lado,

A familiaridade tornou-se um fardo pesado.

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Mas assim caminha a vida, em luz e escuridão,

De cada ato, nasce uma nova canção.

Amar-te-ei nas horas de alegria e dor,

Pois é doce e amargo o sabor do amor.