A descentralização da satisfação do meu desejo (Parte III)
Em um labirinto de desejos, onde cada esquina esconde um anseio,
Nos vemos presos, em um constante rodeio.
A sociedade pós-moderna nos oferece mais,
Mais marcas, mais formas, mais desejos vorazes.
A tecnologia, com sua promessa de conexão,
Muitas vezes nos afasta da verdadeira interação.
Desejamos sem tocar, amamos sem sentir,
E nos perdemos na vastidão do virtual porvir.
Mas em meio a essa cacofonia de desejos e medos,
Surge a necessidade de encontrar nossos credos.
De entender o que realmente nos move,
E de buscar, em nossos desejos, o que verdadeiramente nos comove.
A criança que busca na televisão sua satisfação,
Precisa aprender sobre frustração e superação.
O jovem que busca no álcool a coragem,
Precisa entender que a verdadeira força vem da mensagem.
A mulher que busca na comida seu consolo,
Precisa reconhecer que seu valor vai muito além do solo.
E todos nós, em nossa busca incessante,
Precisamos entender que o desejo é vibrante, mas também é constante.
Porque o verdadeiro poder do desejo não está em sua realização,
Mas sim, em sua transformação.
Em como ele nos molda, nos transforma, nos faz crescer,
E em como, através dele, podemos nos conhecer.
Então, em meio a essa dança de desejos e temores,
Busquemos a verdade, busquemos os amores.
Porque no fim, o que realmente importa,
É como o desejo nos transforma, e como ele nos porta.
E assim, em nossa jornada de descoberta e reflexão,
Busquemos sempre a verdadeira conexão.
Com nós mesmos, com os outros, com o mundo ao redor,
Porque o desejo, no fim, é o que nos torna melhor.