A dor do papai, a dor da filhinha
Em um mundo distante, papai se perde,
No trabalho, na luta, na incessante rede.
Tão envolvente é esse mundo, tão forte o seu laço,
Que o papai, por vezes, esquece do seu abraço.
Ele ama o que faz, com paixão e fervor,
Mas teme o fracasso, o desemprego, a dor.
Papai teme falhar, não te dar o melhor,
Mas esquece que o melhor é seu amor, e não o valor.
Oh, tolice do papai, que não vê a verdade,
Que o que mais precisas é de sua amizade.
Mais que presentes, mais que qualquer coisa,
Precisas de seu olhar, de sua mão carinhosa.
Papai via o amor através de uma janela,
Metade aqui, metade naquela estrela.
Mas o amor verdadeiro não se vê de longe,
Se sente, se toca, se vive de ponte a ponte.
Agora, papai percebe, e quer reparar,
Abriu a porta, quer contigo estar.
Ele aprende a amar, sem medos, sem barreiras,
Porque o amor de um pai e uma filha, é a mais bela das bandeiras.