A impossibilidade de entender o desejo
No vasto oceano do inconsciente profundo,
O desejo se esconde, sem fazer nenhum som.
É o Id que clama, em linguagem cifrada,
Mas o Ego, confuso, muitas vezes não entende nada.
Freud nos contou de impulsos e sonhos,
Onde desejos reprimidos tecem seus troncos.
Lacan, por sua vez, falou do espelho,
Onde o desejo do Outro nos prende em seu selo.
O Super-Ego sussurra, com sua voz moralizante,
Mas o desejo, rebelde, continua vibrante.
Como a serpente que seduziu Eva no Éden,
O desejo é enigmático, um mistério que não se desvenda.
No divã da mente, entre símbolos e mitos,
O desejo se desdobra em infinitos ritos.
Sublimação, projeção, negação e mais,
Mecanismos de defesa em teatros mentais.
A chama de Édipo, a sombra de Jung,
No labirinto psíquico, o desejo é sempre jovem.
E assim, entre arquétipos e metáforas sem fim,
O desejo permanece, um enigma sem definição.