Em nosso casamento, uma dança de almas entrelaçadas,

Tão profundamente conectadas, que as linhas se tornaram embaçadas.

Na vastidão do teu ser, perdi-me em teu abraço,

Como se na bagunça do teu coração, meu sangue encontrasse um espaço.

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Em cada olhar, em cada gesto, em cada riso compartilhado,

Sentia a simbiose, o elo, o laço apertado.

Mas com o tempo, algo começou a mudar,

Nossos olhares, outrora fixos, começaram a desviar.

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Em teus olhos, vi o anseio de voar,

A paixão pela liberdade, o desejo de se soltar.

E em mim, uma insatisfação cresceu,

O toque que antes aquecia, agora esfriou, desapareceu.

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Agora, em meio à dança, uma pausa, uma hesitação,

Nossos desejos, subconscientes, buscam nova direção.

Ainda somos um, mas também dois,

Na busca por respostas, por um novo depois.

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Em nosso silêncio, as palavras de Chico e Jobim ressoam,

Lembrando-nos do amor profundo, e das escolhas que ecoam.

E enquanto a música toca, nos perguntamos em desalinho,

Será que ainda encontraremos nosso caminho?