2024-07-14-Alquimia-dos-Sentires

Unform

Na forja dos anos, treze primaveras se passaram,

Três estrelas nascidas, em constelações dispersas.

Entre o caos e o cosmos, buscamos equilíbrio,

Pais e amantes, entrelaçados em mistério.


Palavras são como ventos, alívios sussurrados,

Para ela, um fardo pesado, guardado em sombras.

Brigamos em silêncio, emoções veladas,

Ser bom ou feliz, dilemas em rotas marcadas.


“Traição”, murmura a angústia, ecoando no vazio,

Por que não deixas, se a tempestade é destino?

Felicidade reluzente, num espelho de ilusão,

Mas a que preço, a que transformação?


A criança interior, abandonada e solitária,

Na caverna do isolamento, reencontro de sonhos.

Ciclos giram, espirais do tempo,

Mesmo na consciência, hábitos são fortes ventos.


A chave é alquimia, transmutação de hábitos,

De sentir, pensar e agir, em ouro transformar.

Conformar-se com o bom, quando o excelente chama?

Desafios e integrações, a sombra que em nós clama.


Amo-me, amo-os, amo minha sombra também,

Separar-me é fuga, plenitude não vem.

Taoísmo sussurra, liberdade na estagnação,

Para evoluir ou não, cada qual sua estação.


Escrevo e evoco o vazio, alquímico e sereno,

Sem emoção ou dor, um coração terreno.

Não insisto, sombras são labirintos,

Se com minha sombra luto, a dela, um mito.


Instinto clama, grita como tempestade,

Antecipar é arte, evitar sua voracidade.

Nesta lucidez, um recado final,

Firmeza, valores, amor próprio, um ritual.


Respeite-se, alquimista de si,

Não se permita abusos, nem de ti.

Não és dono do tempo, a morada é passageira,

Um passo de cada vez, na jornada inteira.

"Buy Me A Coffee"

Written on July 14, 2024