Ao meu amigo Willian
Nas páginas da infância, desenhamos nossa história,
Em meio a risos e traquinagens, construímos nossa memória.
Noites de vídeo game, batalhas de pixels e cor,
Nossas aventuras no condomínio, onde éramos reis, onde éramos o amor.
Brigas que enfrentei, com punhos e coragem,
Para defender um amigo, meu irmão, minha imagem.
E as brigas que tivemos, palavras duras, momentos de dor,
Mas sempre encontrávamos o caminho de volta, sempre havia o perdão.
Crescemos, e o mundo se abriu, com seus encantos e desafios,
Porres que tomamos, risadas que ecoavam.
Mulheres que conhecemos, amores passageiros, paixões ardentes,
Alegrias que vivemos, momentos que guardamos, na mente e no presente.
Agora você se foi.
Mas nada poderá me tirar a tua lembrança, o teu amor sem fim.
Quando a minha carne voltar para a terra, quando eu virar pó,
Espero que a minha alma encontre a sua, no eterno renovo.
O mundo dá tantas voltas, e em uma delas, espero te encontrar,
E apertar a tua mão, e ver o teu sorriso, e poder te abraçar.
Adeus, amigo, não tive a chance de dizer,
Que a tua dor também era a minha, que a tua luta também era a nossa,
Que a tua ausência é uma ferida aberta.
Adeus, amigo, não tive a chance de dizer,
Que a tua risada era a nossa alegria, que o teu silêncio era o nosso medo,
Que a tua partida é uma lágrima que não seca.
Adeus, amigo, agora posso apenas dizer,
Que a tua memória é a nossa força, que a tua dor é a nossa lição,
Que a tua vida foi, e sempre será, uma canção que ecoa no coração.