No reino do ímpar, onde linhas tortas reais,

Se contorcem e dançam em rituais.

A assimetria reina, soberana e voraz,

Cada curva, um manifesto; cada ângulo, uma voz.

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Na tela da vida, o quadrado se esforça,

Buscando a ordem, na multidão que torce.

Mas na simetria e na uniformidade,

Um segredo se esconde, a verdadeira identidade.

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Nada é perfeitamente igual, mesmo que pareça,

Cada contraste é um grito, uma natureza.

Perfeição é um mito, uma busca insana,

A estética real, na diferença, se proclama.

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No estranho e no não padrão há beleza,

Na singularidade, uma nobre realeza.

O essencial é ser você, com todos os seus nós,

Mesmo estranho, mesmo bizarro, com sua própria voz.

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Ser você é a arte, é o dom, é a magia,

Na assimetria da alma, onde cada um cria.

A canção da existência, complexa e singular,

Na harmonia do diverso, está o lugar de brilhar.