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Casamento e Relações de Poder

Eu casei,

Tínhamos duas rendas, equilíbrio aparente,

Onde o poder, sutilmente, parecia balanceado.

Ela saía com colegas, risos e planos partilhados,

Eu me perdia em aventuras, nas sombras de amantes.

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Nosso dinheiro, um mar de ilusões compartilhadas,

Se fundia em um só, sem fronteiras, sem dono.

Na arte de domar, esquecemos a essência da liberdade,

Perdidos, ensinamos um ao outro a esquecer como voar.

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Ela, enredada em negócios fadados ao fracasso,

Eu, aprendendo a me cuidar, sob sua tutela silenciosa.

Por que, então, os meninos são privados do lar,

Educados para sempre depender, numa dança eterna?

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Liberdade, um conceito tão fugaz quanto necessário,

Entrelaçada com o cuidado, a igualdade, a autonomia.

Em nosso casamento, um jogo de poder e dependência,

Esquecemos que ser livre é também saber amar.