Sempre me peguei pensando no extraordinário ciclo da vida. No grandioso espetáculo que é a alma renascendo, evoluindo, experimentando e aprendendo. É uma espécie de Netflix cósmico onde cada temporada é uma nova vida e cada episódio, um dia de aprendizado.

Às vezes, me pergunto: por que uma alma se submeteria a tudo isso de novo e de novo? Afinal, uma vida pode ser tão complicada, tão desafiadora. Será mesmo que nossa alma é uma espécie de masoquista cósmica? Ou será que ela é apenas uma entusiasta eterna do aprendizado, uma fã incondicional da saga humana?

Então, entre esses pensamentos profundos, algo me chamou a atenção. Os mosquitinhos do meu banheiro. Esses pequeninos, irritantes, mas surpreendentemente resilientes seres. A minha guerra química com eles, através da constante adição de candida, me fez pensar. Eles continuam voltando, renascendo, se reproduzindo, mesmo sabendo que o destino deles é um banheiro que eu tornei tão hostil à sua existência.

Eis o epifania! Será que os mosquitinhos são pequenos budas voadores? Será que, a cada vez que renascem, eles estão simplesmente buscando a iluminação em meio ao aroma de sabonetes e xampus? Ou será que, assim como a alma, eles também encontram uma certa satisfação, uma certa “boa aventurança” na constante batalha pela sobrevivência?

Ah, o ciclo da vida! De almas à procura de evolução até mosquitinhos em uma missão eterna de renascimento no banheiro. Cada renascimento é como um orgasmo infinito de aprendizado e experiência. E enquanto minha alma celebra essa dança eterna, uma parte de mim também agradece aos mosquitinhos. Porque, de uma maneira estranha e engraçada, eles me lembram que a vida é uma jornada, uma aventura… mesmo que seja em um banheiro.

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