Da Dor a Cura
No silêncio da infância, uma casa vazia,
Despertares solitários, a alma se esfriava.
Abandonado, sozinho, o coração aprendia,
Que a dor e a espera, o prazer entrelaçava.
Cresci com essa marca, esse toque amargo,
Gozar pela dor, pela aflição, um fardo carregado.
A rejeição, a espera, ecos daquele lar deserto,
No coração do adulto, o trauma descoberto.
Mas hoje, busco a cura, a compreensão profunda,
Ressignificar a dor, quebrar a maldição que me inunda.
Não mais prisioneiro daquela casa vazia,
Busco o prazer na alegria, na luz do novo dia.
Porque a criança em mim merece ser ouvida,
Merece ser amada, merece uma vida.
E o adulto que sou, com coragem e determinação,
Reescreve sua história, busca a redenção.