Espelho d'água, Narciso se viu
No espelho d’água, Narciso se viu,
Em seu reflexo, um amor que nunca partiu.
Buscava no outro a chama que ardia,
Mas o fogo verdadeiro em seu peito existia.
Amor absoluto, sonho que se desfaz,
Na dança da vida, ninguém é capaz.
De amar sem falhas, sem sombras, sem dor,
Mas o amor verdadeiro supera qualquer rancor.
Fusão de almas, dois corações a bater,
Mas é na individualidade que devemos nos conhecer.
Porque quando o outro vai, e a solidão vem,
É o amor-próprio que sustenta, e ninguém mais além.
A dor da rejeição, a busca por validação,
São ecos de um coração em constante oscilação.
Mas reconhecer a mentira, aceitar a verdade,
É o primeiro passo para a liberdade.
Narciso, em sua dor, nos ensinou a lição,
Que o amor mais profundo é o da própria reflexão.
E na jornada da vida, com altos e baixos a vir,
É o amor-próprio que nos ajuda a seguir.
Chave
- Narciso precisou de um espelho para ver o quão belo ele é, ao invés de se apaixonar pelo que existe dentro de si.