Felicidade em Mar Aberto
Me sinto tão feliz, tão solar,
Como a maré que encontra seu mar,
No graal da existência, um sabor dourado,
Vivo a liberdade em tom harmonizado.
Aurea se revela, na maturidade tão bela,
As cores da vida, minha alma aquarela.
Ó, o prazer de entender,
O encanto profundo de envelhecer.
Era um menino com o mundo nas mãos,
Agora, eu sou o meu próprio chão,
Derramo-me na lua, refletida no mar,
Tenho todo o futuro a se revelar.
Parto com o vento, o sol a guiar,
Na roda da vida, me vejo dançar.
No dilúvio dos olhos, a esperança persiste,
E no perfume da fruta e da flor, insiste.
Eu sou meu guia, meu talismã,
Por terras, mares, sol eo manhã,
E mesmo que a noite venha e clareie,
Encontro na estrela guardada, a paz que semeie.
Me sinto tão feliz, nessa dança singular,
Na trapaça da vida, aprendi a amar.
A beleza de envelhecer é minha canção,
Ecoando no mar, minha alma, meu chão.