No coração, um clamor, um anseio sem fim,

Onde o querer se entrelaça em sublime trama;

É o desejo de ser desejado, um sussurro íntimo,

Na busca de aceitar a própria alma, em sua crua trama.

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Eis a jornada, árdua, porém, essencial,

De sublimar o desejo, na dança da existencial;

Assumir, sem temor, a própria impotência,

Acolher a falta, a eterna ausência.

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Neste vazio, onde ecoa a nossa voz,

Despertamos para sagrados renovados;

Não só no amor, ou nas carícias envoltas,

Mas nas sublimações, nos sonhos bordados.

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Porque amar-se, antes de tudo, é um ato sagrado,

Um mergulho no profundo do ser, ali, desvelado;

É nesse desejo de ser desejado,

Que descobrimos a força, o poder resguardado.

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Nas trilhas da vida, tecemos laços, criamos arte,

Cada passo uma prece, cada gesto, uma parte;

Do desejo de ser desejado, nascem asas,

Para voar além do céu, nas sublimações, nas brumas rasas.

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Assim, navegamos, entre o real e o idealizado,

No desejo de ser desejado, eternamente ancorado;

Na arte, no amor, na poesia,

Nasce a beleza, a melodia da fantasia.