2025-04-14-O-EU-E-O-BRUXISMO
Eu e o Bruxismo: Um Diálogo do Subconsciente
No silêncio da noite, um ranger se faz ouvir,
Um eco profundo, difícil de fugir.
Meu subconsciente, inquieto em manifestação,
Repete seus hábitos, uma eterna frustração.
O maxilar dança, sem que eu o convide,
Movimentos involuntários, que a mente divide.
Passo a língua nos dentes, num ritual sem fim,
E o bruxismo responde: “Sou parte de ti”.
O capacete apertou, a mandíbula cedeu,
Uma viagem distante, e algo em mim se perdeu.
Os dentes clamam por descanso e alívio,
Mas o hábito insiste, num ciclo tão vívido.
Cirurgias ignoradas, decisões do passado,
Agora pesam no presente, como um fardo marcado.
E o desconforto surge, como um velho amigo,
Lembrando-me que o corpo guarda o que não digo.
Oh, bruxismo! Mensageiro do meu interior,
Que reflete em tensão aquilo que é dor.
Ensina-me a ouvir o que não quero ver,
A quietude da alma que preciso aprender.
Que as placas protejam meu sorriso cansado,
Que os músculos relaxem em um sonho almejado.
E que os hábitos se tornem memórias distantes,
Para que eu encontre paz em instantes constantes.

