O Lobo | O que estava morto está morto
Na sombra do ser, um lobo jaz,
Convencido da morte, na quietude ele faz.
Permanece inerte, sem mais lutar,
Seu significado, enfim, a transformar.
O êxtase perdido, o desejo esquecido,
Essa força vital, agora, redimensionada.
Não mais na carne, mas na alma residida,
Num equilíbrio suave, serenamente achada.
O libido, antes selvagem, agora domado,
Em arte e palavras, delicadamente moldado.
Imagens e sons, a nova voz a soar,
Num mundo refeito, uma nova língua a falar.
O código-fonte de uma alma renovada,
Uma visão de mundo, em paz, equilibrada.
Na busca do equilíbrio, na harmonia a encontrar,
A chave secreta da felicidade a desvendar.
Eu me amo, na profundidade do ser,
Eu te amo, em cada amanhecer.
Eu amo nós, na unidade do existir,
Na jornada do ser, eternamente a seguir.