Aos vinte e cinco anos, selamos nosso laço,

Mas dentro de mim, uma angústia encontrou espaço.

Uma pulsão de vida, forte e intensa,

Acreditava ser desejo, uma fome imensa.

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Tentei esconder, na sombra reprimir,

Mas o lobo cresceu, começou a rugir.

Sedento por luxúria, por um toque, uma dança,

A conquista era seu jogo, sua esperança.

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Perdido em obsessões, no jogo da sedução,

A dança da conquista era sua canção.

Mas o amor não era o fim, apenas o começo,

Era a caça, o desafio, o processo.

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Mas hoje, sozinho, fui à cidade brilhar,

Não para caçar, mas um show para apreciar.

Sem pretensões, sem amarras, sem medo,

Descobri que o lobo era apenas um segredo.

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Não era o sexo que minha alma ansiava,

Era a liberdade, a vida que me chamava.

Escalar montanhas, sentir a brisa do mar,

Estar perto da natureza, é o que faz meu coração pulsar.

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O lobo, minha sombra, minha ilusão,

Não é mais necessário, não tem mais função.

Agradeço por tudo, mas é hora de partir,

Não vou mais reprimir, não vou mais mentir.

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Hoje, sei que o que preciso é de mim,

De momentos de qualidade, de um fim sem fim.

Lobo, te amo, mas não és mais essencial,

Que esta despedida seja nosso ritual final.

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E que eu nunca esqueça, nunca deixe de lado,

Que reprimir minha sombra é trair o passado.

Que a verdadeira pulsão de vida é viver,

Livre, autêntico, sem nada a temer.