O Medo Que Me Fere, o Medo Que Me Faz Sentir Vivo
O medo, um espectro sombrio, uma face de mil véus,
Um monstro que se esconde, nas sombras dos meus céus.
Veste-se de dúvidas, de incertezas e de dor,
E em cada esquina espreita, um eterno predador.
Ele me faz sentir pequeno, em meio a gigantes desafios,
Ecoa em meus ouvidos, sussurros e delírios.
Ele me diminui, me faz sentir tão frágil,
Em seu abraço frio, me sinto um mero estágio.
Mas o medo tem seu lado doce, uma estranha sensação,
De estar vivo, de sentir o coração.
Ele me lembra que eu respiro, que eu sinto, que eu sou,
E em cada pulsação, uma nova cor ele me dou.
Como lidar com o medo, essa sombra persistente?
Devo enfrentá-lo de frente, ou fugir como um demente?
Não, ignorá-lo é alimentá-lo, é dar-lhe mais poder,
Devo aceitá-lo, compreendê-lo, aprender a conviver.
O medo, meu amigo sacana, com suas garras afiadas,
É um lembrete constante, das batalhas enfrentadas.
Mas eu o uso, o moldo, o transformo em minha força,
E assim, o medo que me fere, é o medo que me reforça.
Então, medo, venha, vamos dançar essa dança,
Você não é mais meu algoz, mas minha esperança.
Pois o medo que me fere, o medo que me faz sentir vivo,
É o medo que me ensina, que eu sempre sobrevivo.
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