2024-08-25-O-Segundo-Infinito
O Segundo Infinito
No último suspiro, onde tudo se apaga,
Ele parou a mão do tempo e a puxou de volta.
Um segundo esticado, o rosto da eternidade,
Um piscar de olhos, mas sem fim em espaço e liberdade.
Ele segurou sua vida como um antigo tomo,
Cada página uma história, um mundo, um lar.
Mil vezes viveu cada parte,
Desde o primeiro pulsar do seu coração em arte.
Com um sussurro, ele reescreveu o passado,
Momentos tornaram-se lentos, nada apressado.
Demorou-se no amor, saboreou cada beijo,
Sentiu cada tristeza, cada prazer não aproveitado.
Ele foi tanto o herói quanto o fantasma,
Nesse último segundo, viveu o que mais ama.
O tempo parou enquanto ele desenrolava o fio,
Da vida que viveu, agora infinitamente em desafio.
Pois quando a eternidade começou a chamar,
Ele dançou com as sombras, abraçou o luar.
O último tique do relógio, para sempre permaneceu,
No abraço de sua mente, onde nada se desfez.
E quando o vazio começou a clamar,
Ele escolheu reviver, ele escolheu demorar.
Pois naquele segundo, a eternidade estava,
Onde ele podia vagar, e para sempre ficava.