Pertenço-te, até o fim do mar
Ao cair da tarde, meu amor, eu penso em ti,
Na luz que me invade, nas cores que de ti vi.
Cada figura que passa, cada rosto, cada som,
Nada me perturba, pois pertenço-te, meu tom.
Vejo-te em cada falha, em cada necessidade,
Aceito-te como és, em toda a tua verdade.
O teu eu é o meu farol, a minha constante maré,
Pertenço-te, até o fim do mar, onde o sol se põe, onde tudo se dá e se crê.
Longe me leva este silêncio, esta quietude profunda,
O sentir que se altera, a conexão sem segunda.
São as cores do sol que me deixam encantado,
No teu amor, encontro-me ancorado.
E eu sinto-me a arder, como uma chama ao vento,
Quando o dia se apaga, no teu olhar, encontro o firmamento.
Fica tanto para ver, tanto para descobrir,
Pertenço-te, meu amor, até o fim do mar, até o fim de existir.