Oh… George, temos que conversar. -Temos que? -Temos que. Só um momento, então. Dr. Vera. Como você está? Esta é a Dr. Vera, minha psicóloga. -Oi, como você está? -Eu a trouxe porque quando estou no consultório dela, ela me convence que estou certo. Mas eu venho aqui, converso com você, e você me convence que não estou. Então eu a trouxe aqui para que ela possa convencer você que estou certo. Você nem mesmo pode se defender. Ele precisaria se levantar se você parasse de atacá-lo? -Uau! -Pessoal… Eu o ataco porque ele faz tudo errado. Você é uma professora para ensinar o certo e o errado? -Toma! -Ele me traiu com minha melhor amiga. Você não foi a primeira a trair ao entrar no e-mail dele? Ai! Escute, o que você está fazendo na minha casa? Tenho certeza que isso é errado do ponto de vista profissional. Então estamos de volta ao certo e errado. Você não pode evitar julgar a vida dos outros por um minuto? -Quanto por hora? -$250. -Você aceita cheques? -Aceito. O quê? Com licença. Não, não, não… Você não pode… Você não pode fazer isso comigo. Não é hora de você descer do seu trono de verdade? Você é minha psicóloga. Agora chegamos a um ponto importante da sessão: “minha psicóloga”. Não seria sua necessidade de me ter completamente para suprir a falta do afeto de sua mãe? -Chupa! -Não. Parem! Pessoal… Oi, Dr. Geraldo, preciso de ajuda. Seu paciente está obcecado pela ausência de sua mãe. Enquanto nesta relação edipiana, não posso ajudar seu casamento. Ele projeta sua mãe em sua esposa e age como um bebê em busca de limites. Querida… Vou combater seu Freud com uma leitura pós-estruturalista do Anti-Édipo de Deleuze. Claramente, você, senhora… senhorita… está tentando impor um conceito de desejo. Isso é tão… O quê? Tão 2003?

Fonte : https://www.youtube.com/watch?v=6L5lnbgXn_c