Quando a libido nela não vela
Em seu olhar, o desejo outrora ardente,
Agora se esconde, tímido, reticente.
A libido, que antes era um vulcão,
Agora é um lago quieto, sem ação.
Amor, ela tem, em abundância,
Mas o corpo, em sua constante dança,
Parece ter esquecido a melodia,
Que antes tocava com tanta alegria.
Relacionamento, uma dança a dois,
Onde o prazer era a voz,
Agora ecoa em silêncio,
No palco do seu recolhimento.
Sexo, antes um jogo de paixão,
Agora é um campo de contradição,
Onde o desejo quer se expressar,
Mas o corpo se recusa a cooperar.
Tesão, a chama que antes ardia,
Agora é uma brasa fria.
Ela quer reacender a paixão,
Mas a menopausa é uma estação.
Uma estação de mudança, de transformação,
Onde o corpo pede compreensão.
Ela é uma mulher, forte e bela,
Mesmo quando a libido nela não vela.
Ela busca em si a chama perdida,
A mulher fragilizada, mas não vencida.
Ela sabe que o amor é mais profundo,
E que o desejo vai além deste mundo.
Ela é a mulher em sua plenitude,
Compreendendo a sua nova atitude.
Ela é o amor, o desejo, a paixão,
Mesmo quando o corpo diz não.
Ela é a mulher que se reinventa,
Que a menopausa não desalenta.
Ela é a mulher que aprende a amar,
Mesmo quando o corpo quer descansar.