Shunyata
Shunyata: refere-se à natureza interdependente e não substancial de todos os fenômenos.
Ausência de Existência Inerente A ideia central de “shunyata” é que nada possui uma existência inerente ou independente. Tudo o que percebemos ou concebemos está interligado e não possui uma essência fixa e imutável.
Como Shiva fez para abrir o terceiro olho Embora Shiva e “shunyata” pertençam a tradições diferentes (hinduísmo e budismo, respectivamente), ambos abordam a natureza profunda da realidade. Shiva, ao abrir seu terceiro olho, simboliza a percepção além do ordinário, vendo a verdadeira natureza das coisas, que é interconectada e impermanente.
Ajna o chakra do terceiro olho
A palavra em sânscrito que se refere ao “terceiro olho” localizado no meio da testa, um pouco acima do espaço entre as sobrancelhas, é “Ajna”, que pode ser traduzido como “comando” ou “percepção”.
O “Ajna” também é o nome do chakra associado a essa região. O Ajna Chakra é frequentemente representado por uma flor de lótus com dois pétalas e é associado à intuição, à clarividência e à percepção espiritual. É considerado o ponto de união entre o masculino e o feminino, o sol e a lua, e é frequentemente associado à cor índigo.
A ativação ou abertura do Ajna Chakra através de práticas meditativas e de yoga é dita para conferir poderes de intuição elevada, insights espirituais e uma compreensão mais profunda da realidade.
O que significa Shunyata e qual a sua relação com o nada “Shunyata” é frequentemente traduzido como “vazio”, mas não se refere ao “nada” no sentido nihilista. Em vez disso, aponta para a natureza interconectada e em constante mudança de todos os fenômenos.
Natureza Interdependente Todos os fenômenos estão conectados e dependem uns dos outros para existir. Nada existe de forma isolada ou independente.
Natureza Interdependente: Exemplo de uma árvore Uma árvore não existe por si só. Ela depende do solo, do sol, da chuva e do ar. Sem qualquer um desses elementos, a árvore não pode existir como a conhecemos.
Analogia do carro Um carro é composto de várias peças. Se você desmontar o carro, onde está o “carro”? Ele não existe independentemente de suas partes.
Natureza Não Substancial Nada tem uma existência fixa e permanente. Tudo está em constante fluxo e transformação.
Natureza Não Substancial: Exemplo do rio Um rio está sempre mudando. A água que flui em um momento não é a mesma que flui no próximo. O rio, como entidade, está em constante mudança.
Analogia da vela Uma vela acesa está sempre mudando. A cera derrete, a chama dança. A vela, como a conhecemos, está em constante transformação.
Não é Nihilismo Embora “shunyata” se refira ao “vazio”, não é uma negação da existência. É uma compreensão profunda da natureza interconectada e impermanente da realidade.
Liberdade de Apegos Ao compreender a natureza vazia da realidade, podemos nos libertar de apegos e ilusões, que são fontes de sofrimento.
Base para a Compaixão Ao perceber que todos os seres estão interconectados e carecem de uma existência inerente, surge uma profunda sensação de compaixão.
Central para a Prática Meditativa Meditar sobre “shunyata” ajuda os praticantes a alcançar uma compreensão direta e experiencial da natureza interdependente e não substancial da realidade.
Conclusões “Shunyata” é um conceito profundo que desafia nossas percepções convencionais sobre a realidade. Ao entender que tudo é interconectado e em constante mudança, podemos nos aproximar da verdadeira natureza da existência e viver de uma maneira mais consciente e compassiva.