2024-09-02-Um-Corpo-Proibido
Um Corpo Proibido
Nas sombras do desejo, onde o silêncio grita,
Meu corpo, exilado, busca o toque que evita.
Inflama-se em chamas, ardente, sedento,
Mas encontra na ausência um vazio violento.
Ela, musa distante, nos véus do passado,
Carrega em seu ser um trauma calado.
Seu toque é um eco de dor e memória,
Uma dança com fantasmas, uma trágica história.
Eu, amante ardente, desejo a cura,
Mas sou prisioneiro dessa amarga procura.
Nos lençóis vazios, a distância se faz,
E minha alma, enfim, encontra a paz.
Mas nas noites, quando o silêncio pesa,
Meu corpo clama, minha mente reza.
Não posso mais ser o fantasma de um drama,
Não posso viver num amor que me chama.
Ela me usa para reviver o que a feriu,
E eu, ao perceber, meu ser partiu.
O amor que buscava, em sombras se perdeu,
E no abismo do não dito, meu coração morreu.