Um homem chamado Mané
No tabuleiro da vida, uma peça a mover,
Era Mané, meu primo, sem temer perder.
Craque no xadrez, com reis e rainhas a vencer,
Mas seu maior jogo era o saber de viver.
Veio para São Paulo, ainda tão pequenino,
Mas cresceu em grandeza, traçando seu destino.
Conversava sobre tudo, com brilho no olhar,
Educado e gentil, sabia encantar.
Trigueitos engraçados, o pé sempre a mexer,
Mão nos bolsos, risada pronta a oferecer.
Entre a família, gostava de estar,
Seu amor e união, sempre a nos inspirar.
Um homem tão humilde, de essência tão pura,
Dinheiro e bens? Não eram sua ventura.
Pois Mané sabia que a riqueza verdadeira,
Está na alma e na bondade, sem fronteira.
Agora, entre estrelas, ele deve estar,
Olhando por nós, a nos abençoar.
Mané, sentiremos saudades de você,
Mas tua luz e ensinamentos, nunca vão perecer.