Uma crise existencial
Tenho medo da vastidão do dia,
Da imensidão que a liberdade traz.
Em correntes invisíveis me prendia,
Sentia a vida escorrendo pelos meus dedos, fugaz.
Para terras distantes sonhamos partir,
Onde minha amada terá de lutar, se render,
No coração, dúvidas a me consumir,
Em busca de propósito, o que realmente quero ter?
Vejo o digital pulsar, a moeda a mudar,
Criptomoedas são o chamado do amanhã.
No anarcocapitalismo, um brilho a me encantar,
Mas o medo me assola, em uma canção sem refrão.
A fé é a luz que ilumina minha trilha,
E mesmo em terras distantes, sonhamos com paz.
Economizar, pensar na velhice
Mas o agora clama, e o futuro, talvez, jamais.
Amo-me nas profundezas e em cada reflexo,
Amo a sombra que segue, e a alma que guia.
Nesta crise de ser, de valores, de sexo,
Espero que o amor próprio seja a melodia.